Sala de Imprensa
22/02/2024 • 2 mins de leitura
PIB de 2024: Monte Bravo eleva projeção de 1,80% para 2,0% no Broadcast
Resumo do artigo Na visão da corretora, a expectativa de…
Resumo do artigo
Bloqueio orçamentário: como economistas veem bloqueio de R$ 2,9 bi no orçamento
O Ministério do Planejamento e Orçamento anunciou nesta sexta-feira (22) um bloqueio de R$ 2,9 bilhões nas verbas disponíveis para a União gastar em 2024. O bloqueio orçamentário é necessário para o governo federal conseguir cumprir a meta de déficit zero neste ano. Economistas repercutem o anúncio, que já era esperado pelo mercado.
Paulo Bijos, secretário do Orçamento, destacou que há uma situação de equilíbrio conforme planejado na Lei Orçamentária. “Essa é a tônica que foi programada no PLOA [Projeto de Lei Orçamentária Anual] e será a tônica ao longo do ano”, disse durante entrevista coletiva à imprensa em Brasília para apresentar o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do primeiro bimestre de 2024.
O ministro da Fazenda Fernando Haddad declarou que a meta de déficit público zero em 2024 depende da economia e da aprovação de projetos no Congresso. Em entrevista coletiva em São Paulo, Haddad disse que Haddad disse que está otimista com esse ponto. Ele destacou que o Banco Central aprovou mais um corte de 0,5% na Selic essa semana, e disse que os cortes devem continuar nas próximas reuniões. Também afirmou que as projeções de inflação estão dentro da banda e os dados de emprego estão positivos, o que aumenta a arrecadação.
Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo, diz que o valor do bloqueio é insuficiente considerando as projeções de aumento de receita e de despesas. Ele avalia que algumas despesas estão subestimadas. Por isso, é esperado que ao reconhecer que as despesas vão ficar maiores, o governo terá que fazer um contingenciamento um pouco maior e mudar a meta.
“A gente espera que no meio do ano o governo promova uma mudança da meta de primário para algo em torno de 0,5% do PIB, e aí ele faça um novo contingenciamento para poder deixar o déficit primário em torno de 0,7% e 0,8% do PIB. No curto prazo, sempre vai ficar essa questão da velocidade de crescimento das receitas e a despesa que foi orçada, mas ao longo do tempo a gente acha que isso acaba tendo que ser corrigido e, portanto, o governo vai ter que partir para novas medidas de contingenciamento e da mudança da meta”.
Reportagem publicada no portal UOL.