Sala de Imprensa
09/09/2024 • 3 mins de leitura
PIB surpreende especialistas
Resumo do artigo Na avaliação do economista Márcio Holland, professor…
Resumo do artigo
Banco Central manteve a Taxa Selic, na primeira pausa desde o ano passado. Veja como isso altera os principais investimentos de renda fixa e variável
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a Taxa Selic em 10,50%, encerrando, até o momento, o ciclo de cortes que vinha realizando desde agosto do ano passado. Na última reunião, em maio, o comitê realizou um corte de apenas 0,25 ponto percentual, dividindo o colegiado.
Dois fatores fundamentais para que o ciclo de cortes seguisse acabou jogando um balde de água fria nas expectativas de que o afrouxamento seguisse: a resiliência da economia americana — que requer juros mais altos, por mais tempo, para combater a inflação persistente — e a indefinição sobre o equilíbrio das contas públicas no Brasil.
Só que a taxa de juros, um dos principais instrumentos para controlar a inflação, também impacta o custo de crédito no mercado e define como será o retorno de investimentos. Uma das aplicações diretamente ligadas à taxa básica é o Tesouro Selic, que tem sua rentabilidade atrelada ao patamar definido pelo Copom.
Com a manutenção dos juros hoje, os títulos públicos pós-fixados (cuja remuneração final depende da Selic ou do IPCA) como o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA tendem a manter a rentabilidade, já que, segundo a mediana de expectativas do mercado, a taxa tende a continuar nesse patamar até o fim do ano. Os prefixados são aqueles títulos que já definem uma taxa fixa a ser paga ao investidor no vencimento.
Veja abaixo o que dizem analistas sobre como definir os investimentos à luz da nova decisão do Copom:
Com a manutenção da Selic, onde alocar os recursos?
Apesar de o ciclo de afrouxamento da Selic ter chegado ao fim — ou, pelo menos, ter dado uma pausa —, os analistas sinalizam que os investidores precisam ter atenção aos títulos pós-fixados. A atratividade, segundo eles, está no curto prazo:
Para Alexandre Mathias, estrategista-chefe da Monte Bravo, os títulos de empresas privadas constituem uma excelente opção para o investidor, mas exigem curadoria. Isso porque a diversificação com esses ativos é um pouco mais arriscada. Portanto, as taxas devem ser relativamente maiores do que aquelas definidas pelo Tesouro.
Os analistas de renda fixa ouvidos pela reportagem indicam que os ganhos com os títulos prefixados dependem e muito da relação entre a expectativa de mercado e a atuação do Banco Central.
Para prazos mais longos, o destaque fica por conta dos títulos atrelados à inflação, como o IPCA+ , que também são uma boa alternativa, garantindo proteção à carteira graças às taxas que estão sendo negociados:
Geralmente, com a Selic neste nível, a bolsa não costuma registrar seus melhores momentos de performance, principalmente com o juro americano também pressionando pela fuga dos ativos estrangeiros daqui.
Dados divulgados pela B3 e compilados pelo Valor Econômico mostram que o fluxo negativo de investimentos estrangeiros em 2024 já ultrapassou os R$ 43 bilhões até junho.
Leia a notícia na íntegra: jornal O Globo