Informe Diário
18/11/2024 • 4 mins de leitura
Dólar forte e incerteza no cenário doméstico ditam o mercado
Resumo do artigo No âmbito global, a semana passada foi…
Resumo do artigo
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Os ativos de risco seguem em compasso de espera em uma semana repleta de decisões de política monetária.
A reunião do Fed nos dias 17 e 18 de setembro é o destaque de uma semana movimentada que também contará com anúncios do Banco Central do Brasil (18), do Banco da Inglaterra (19) e do Banco do Japão (20).
Os Fed Funds, taxa base do Fed, está atualmente entre 5,25% e 5,5%. O mercado está divido sobre um corte de 25 ou 50 pontos-base, mas os juros nos EUA estão em queda — antecipando a chance do Fed adotar uma postura mais agressiva com um corte de 50 p.b. nos juros. Os contratos futuros embutem uma chance de 61% de um corte de 50 p.b. e 39% de um corte de 25 p.b., com um total de 125 p.b. de cortes em 2024.
Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA estavam ligeiramente mais baixos nesta segunda-feira (16), com o título de 10 anos em 3,65%, enquanto o título de 2 anos caiu para 3,57%.
O dólar enfraquece, com o DXY em 100,7 — nível mais fraco desde 12 de janeiro.
Os preços do ouro dispararam para níveis recordes hoje, com o ouro à vista em US$ 2.588,29 por onça.
Os preços do petróleo subiram ligeiramente no início das negociações desta segunda. Os contratos futuros do Brent para novembro subiram 15 centavos, ou 0,2%, para US$ 71,76 por barril.
Os mercados da Ásia fecharam majoritariamente em alta hoje, enquanto os investidores analisavam os dados econômicos da China e ainda aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve.
As ações europeias abriram em leve queda, em linha com os futuros de ações dos EUA. Por aqui, o Ibovespa avançou 0,64% na sexta-feira (13), aos 134.882 pontos. O dólar caiu 0,91% e fechou cotado em R$ 5,5673.
China – dados de agosto decepcionam expectativas e mostram desaceleração
A produção industrial desacelerou para 4,5% na base anual — abaixo da estimativa de 4,7%. A produção de aço intensificou sua queda anual, acompanhando a retração no investimento habitacional.
O investimento em ativos fixos cresceu 3,4% em relação ao ano anterior nos oito meses até agosto, abaixo dos 3,6% observados nos primeiros sete meses de 2024 e da projeção de 3,5%. O investimento em infraestrutura, que vinha servindo de suporte contra a queda no setor imobiliário, desacelerou para 4,4% no mesmo período, em comparação com 5,9% até julho, refletindo a redução nos gastos fiscais, especialmente por parte dos governos locais
O crescimento das vendas no varejo em agosto foi de 2,1% em relação ao ano anterior — abaixo dos 2,7% de julho e também inferior à expectativa de 2,5%. A fraqueza no varejo é um dos sinais mais preocupantes. Embora o programa de incentivo do governo para a troca de aparelhos antigos tenha dado algum alívio ao sustentar as vendas de eletrodomésticos, os itens relacionados à habitação, como móveis e materiais de construção, continuaram registrando quedas.
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(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.