Informe Diário
17/09/2024 • 4 mins de leitura
Gastos fora da meta elevam a percepção de risco e aumentam os juros
Resumo do artigo As taxas dos títulos do Tesouro dos…
Resumo do artigo
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O cenário global benigno para o final de 2024 está se configurando. A inflação nos EUA está sob controle e a queda nas taxas de juros abrem uma perspectiva global favorável — propícia para a tomada de risco e positiva para as moedas ligadas a commodities.
Para completar o quadro benigno, o amplo conjunto de medidas de estímulo de Pequim deve sustentar a economia e impulsionou a valorização do Yuan. As ações chinesas registraram o melhor desempenho semanal em uma década.
A nota de cautela vem do panorama geopolítico, onde a recente escalada de ataques aumentou o temor de um envolvimento direto do Irã no conflito. No domingo (29), Israel lançou ataques aéreos contra a milícia Houthi, no Iêmen, e contra dezenas de alvos do Hezbollah no Líbano — expandindo o confronto com aliados do Irã após matar o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah.
As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA estão em alta nesta segunda-feira (30). A taxa do título de 10 anos está em 3,78% e a de 2 anos está em 3,61%.
O índice do Dólar está estável em 100,3. Os preços do ouro recuaram nesta segunda, com queda de 0,2% — a US$ 2.653,38 por onça. No mercado de criptomoedas, o Bitcoin está em queda de 3,7%.
Os preços do petróleo subiram devido ao aumento das preocupações com possíveis interrupções no fornecimento no Oriente Médio. Os contratos futuros do Brent para entrega em novembro subiram 16 centavos, ou 0,22%, para US$ 72,14 por barril.
O minério de ferro está em alta de 11% depois que as três maiores cidades chinesas — Xangai, Guanzhou e Shenzhen — relaxaram restrições para compras de imóveis. Os ADRs da Vale operam em alta em torno de 1%.
As ações na China continental dispararam mais de 8%, registrando o melhor desempenho em 16 anos, enquanto o índice Nikkei 225 do Japão caiu 4,8%. O índice Hang Seng de Hong Kong avançou 3,09% no final do pregão, com destaque para ações de consumo.
As ações europeias estão em queda, enquanto os futuros de ações dos EUA estão marginalmente negativos. Por aqui, na sexta-feira (27) o Ibovespa caiu 0,21%, aos 132.730 pontos. O Dólar cedeu 0,16%, cotado a R$ 5,4361, com recuo de 1,54% na semana, enquanto os juros futuros fecharam em alta.
PCE nos EUA: na sexta-feira (27), o índice de preços de despesas pessoais — a medida preferida de inflação do Fed — apresentou uma alta de 0,1% mês a mês em agosto. A taxa de inflação de 12 meses ficou em 2,2%, abaixo dos 2,5% de julho e no menor nível desde fevereiro de 2021. O núcleo do PCE, que exclui os custos de alimentos e energia, subiu 0,1% em relação ao mês anterior e 2,7% em termos anuais, em linha com as expectativas.
PMI na China: o índice oficial de gerentes de compras (PMI) para setembro ficou em 49,8, melhor que a previsão de 49,5. Por outro lado, a pesquisa Caixin PMI, que é uma pesquisa privada compilada pela S&P Global, informou que o PMI de manufatura caiu para 49,3 — ante 50,4 em setembro e abaixo dos 50,5 esperados pela pesquisa da Reuters. A pesquisa Caixin também indicou a queda mais acentuada na manufatura em 14 meses.
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(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.