Informe Diário
16/10/2024 • 4 mins de leitura
Eleições americanas e crise no Oriente Médio pautam o mercado
Resumo do artigo (1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem…
Resumo do artigo
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Os mercados de risco globais continuam operando em alta após o corte de 50 p.b. pelo Fed na semana passada. Os principais índices de ações dos EUA registraram ganhos na semana passada, com o S&P 500 avançando 1,46% e o Nasdaq Composite — focado em tecnologia — 1,5%.
Nesta semana, os mercados estarão atentos aos comentários de diretores do Fed e aos dados de inflação PCE dos EUA, que serão divulgados na sexta-feira (27).
Os mercados futuros de juros incorporaram 75 pontos base de cortes até o final deste ano e quase 200 p.b. no ano que vem. Esse movimento levaria a taxa básica de juros nos EUA para 2,75% até o final de 2025.
Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA estão em leve alta com a taxa do título de 10 anos em 3,74%, enquanto o de 2 anos permanece em 3,56%.
O índice do Dólar, que mede o valor da moeda americana frente às principais moedas, subiu ligeiramente para 100,8. Os preços do ouro atingiram um recorde histórico nesta segunda-feira (23), com o ouro à vista subindo 0,2%, para US$ 2.628 por onça. O Bitcoin sobe 1,1% para US$ 63.523.
Os preços do petróleo subiram ligeiramente. A commodity foi impulsionada por preocupações de que o conflito no Oriente Médio possa impactar a oferta na principal região produtora e pela expectativa de que o corte de juros dos EUA na semana passada apoie a demanda. Os futuros do Brent para novembro subiram 20 centavos, ou 0,3%, para US$ 74,69 por barril.
Os mercados da Ásia subiram nesta segunda. As ações europeias abriram o dia estáveis, em linha com os futuros das ações dos EUA.
No Brasil, a sexta-feira (20) foi marcada por mais uma rodada de deterioração da percepção de risco devido à condução da política fiscal. O Ibovespa fechou em queda de 1,55%, aos 131.065 pontos. Na semana, na contramão do movimento global, o índice perdeu 2,83%. O Dólar subiu 1,78%, cotado a R$ 5,5209. Na semana, a moeda caiu 0,83%. Neste contexto, aumentaram as apostas para aumentos mais agressivos da Selic e os juros futuros subiram cerca de 0,30 ponto percentual nos vencimentos médios e longos.
Geopolítica: o Hezbollah — grupo apoiado pelo Irã e baseado no Líbano — e Israel trocaram disparos no domingo, com o grupo lançando foguetes em território israelense após enfrentar uma intensa ofensiva de bombardeios.
O conflito se intensificou drasticamente na última semana, após milhares de pagers e walkie-talkies usados por membros do Hezbollah explodirem. O ataque foi amplamente atribuído a Israel, que não confirmou nem negou a responsabilidade.
China: O Banco Popular da China (PBoC) cortou a taxa de juros dos contratos de recompra reversa (repo) de 14 dias em 10 pontos base para 1,85% e injetou 74,5 bilhões de yuans (US$ 10,6 bilhões) de liquidez no sistema financeiro por meio do repo.
Além disso, o PBoC anunciou uma coletiva de imprensa para amanhã. Os mercados esperam mais estímulos depois que, na semana passada, o PBoC inesperadamente manteve suas taxas de juros referenciais de empréstimo (LPRs) de um e cinco anos — apesar das crescentes expectativas de redução nas taxas.
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(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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