Informe Semanal
23/09/2024 • 2 mins de leitura
Cenário global melhora, mas incertezas fiscais limitam ganhos de ativos brasileiros
Resumo do artigo Na Ásia, o Banco do Japão manteve…
Resumo do artigo
Curva de juros EUA: A curva de juros parece ter estabilizado com a taxa de 10 anos um pouco acima de 4%, em linha com nosso cenário.
Ações EUA: O rali das ações deflagrado pelo corte do Fed continuou, com S&P500 e Nasdaq subindo 0,9% e 0,8%, respectivamente — ambos próximos aos recordes. Caso esses níveis se mantenham, será o segundo ano consecutivo com retorno acima de 20%, algo que ocorreu apenas cinco vezes nos últimos 75 anos.
As condições atuais estão longe de serem isentas de riscos. No entanto, o cenário de uma economia em crescimento, com Fed cortando juros e uma tendência de alta nos lucros corporativos é compatível com ganhos adicionais.
Estímulos na China: A China segue divulgando medidas de estímulo, mas, para angustia dos mercados, numa abordagem gradual. É possível que as eleições nos EUA estejam mantendo os formuladores chineses em compasso de espera.
Riscos Geopolíticos: O conflito no Oriente Médio segue gerando ondas de tensão. O foco segue sendo a extensão do ataque retaliatório de Israel ao Irã, pois a dimensão da resposta vai definir se o Irã entrará na guerra, o que seria disruptivo.
No Brasil, o risco fiscal segue sendo um fator que tem impactado fortemente a curva de juros. A ideia positiva de um ajuste que passe pela revisão das despesas, ventilada por Haddad, foi obscurecida pela notícia da estatais e pela insistência com que o presidente Lula fala da isenção de IR sem preocupação em construir o equilíbrio orçamento.
Porém, mesmo com o fiscal limitando uma arrancada forte, os ativos brasileiros deverão se beneficiar do fluxo estrangeiro. Nossa percepção é que o risco de guerra no Oriente Médio e a incerteza com as eleições nos EUA atrasaram o fluxo que, normalmente, acompanharia os cortes de juros.