Renda Variável: conheça algumas estratégias para diminuir os riscos nos seus investimentos 

27/03/2025 • 4 mins de leitura

Resumo do artigo

  • Quando você compra um seguro para o seu carro, por exemplo, você está comprando o direito de ‘vender’ o seu carro pelo seu valor de tabela caso aconteça algo que faça você perder o veículo.

Quando falamos em renda variável, uma das primeiras palavras que vem à nossa mente é risco. Isso porque, como já sabemos bem, investimentos em renda variável — de maneira geral — não possuem garantias de retorno e podem adicionar volatilidade a um portfólio. 

No entanto, com a evolução do mercado financeiro, novos produtos e estratégias financeiras surgiram para diminuir esta ‘dor’ dos investidores mais avessos ao risco. Hoje, já é possível realizar um investimento em renda variável com proteção parcial ou total do capital aplicado. 

Neste artigo, iremos explorar algumas destas alternativas para investir em renda variável com menos riscos. Confira! 

Derivativos: a base de tudo

Antes de entrarmos em detalhes, é importante explicar que os derivativos são a base de todas as estratégias que vamos abordar. Como o próprio nome sugere, os derivativos são contratos financeiros que derivam de outros ativos financeiros, como ações de uma empresa ou commodities negociadas em bolsa. 

O investidor pode investir no mercado de derivativos através de contratos de compra e venda. Neste artigo, vamos abordar estratégias que se baseiam em contratos de opções

As opções concedem o direito ou obrigação de compra (call) ou venda (put) de um ativo negociado em bolsa ao investidor. Guarde bem esta informação, pois ela é crucial para entender como funcionam as estratégias que vamos abordar a seguir. 

Já que estamos falando de proteção, vamos usar um exemplo que você pode estar mais familiarizado: o mercado de seguros. Quando você compra um seguro para o seu carro, por exemplo, você está comprando o direito de ‘vender’ o seu carro pelo seu valor de tabela caso aconteça algo que faça você perder o veículo. 

Com as opções, não é diferente. Ao comprar um direito de venda de uma ação, você está protegendo o capital que investiu naquele ativo caso o papel sofra alguma desvalorização. 

A partir dos derivativos, podemos construir o que chamamos de produtos estruturados. Os produtos estruturados são investimentos que usam diferentes ferramentas, entre eles os derivativos, para levar mais sofisticação e personalização para o investidor. 

Agora que você já entendeu o básico sobre derivativos e opções, podemos entrar em detalhes sobre duas operações que ajudam você a investir em renda variável com maior controle de riscos: alocação protegida e fence.

Alocação protegida

O nome é autoexplicativo: através de uma estrutura de alocação protegida, o investidor pode proteger integralmente o capital alocado em determinado ativo financeiro, como uma ação negociada na Bolsa. 

Como funciona esta proteção? Imagine que você tem uma ação na sua carteira que está precificada em R$ 50,00. Para proteger o capital investido nesta companhia, você paga um prêmio, um ‘seguro’, de R$ 5,00, por exemplo. 

Assim, caso o papel tenha uma desvalorização brusca, você irá recuperar seu investimento de maneira integral — perdendo, portanto, apenas o dinheiro usado para comprar a proteção. 

Como já dito acima, proteção das estruturas de alocação protegida é integral. Desta forma, você recuperará o seu investimento mesmo que o valor do ativo protegido chegue a zero. 

Outra vantagem da alocação protegida é que o investidor participa de forma integral também da valorização do ativo. Se a ação investida subir 50%, por exemplo, o investidor terá direito ao lucro integral no momento da venda — descontando, obviamente, o valor da estrutura de proteção contratada. 

Desta forma, a alocação protegida pode ser a estratégia ideal para proteger o seu capital investido em ações que possuem alta volatilidade, mas grande potencial de valorização. Isso acontece pois, com o pagamento do prêmio, o investidor consegue proteger seu investimento sem comprometer o upside do ativo no seu portfólio.

Fence

A fence é outra estrutura muito utilizada para proteger investimentos realizados em renda variável. Ela difere da alocação protegida em dois pontos importantes, que estão correlacionados. 

A primeira diferença é que a fence não proporciona proteção total contra a queda do ativo, ou seja, o investidor recebe uma proteção parcial da sua alocação. Isso acontece porque a fence é uma estrutura bilateral, com barreiras de queda e de alta para o ativo negociado. 

Quando compramos uma estrutura de fence, esta estrutura possui parâmetros que definem o nível de proteção contra a queda do ativo e, ao mesmo tempo, definem um limitador de ganhos. 

Caso o investidor contrate um papel com limitador de 20% para queda ou alta e o papel caia 25%, o prejuízo na operação será reduzido para 5%, ou seja, apenas o que extrapolou a proteção contratada. Na outra ponta, se o papel subir 25%, o investidor ficará com um lucro de 20% — o limite contratado. 

Um outro ponto em que a fence se diferencia da alocação protegida é nos custos. Quando contrata uma fence, o investidor não paga de maneira direta pela estrutura e o prêmio contratado é justamente a presença dos limitadores de perdas e ganhos para o ativo. 

As fences são muito usadas para trazer maior controle de volatilidade para as carteiras, trazendo uma maior previsibilidade para os retornos. Estas estruturas são muito usadas para realizar o investimento em ações com bons fundamentos, com bom potencial, mas sem realizar um ‘all-in’ no papel em questão.

Qual a melhor estrutura?

A melhor estrutura é sempre aquela que se encaixa melhor no seu perfil de investidor e na sua estratégia de investimentos. 

Uma estrutura de alocação protegida pode ser a melhor opção quando o investidor deseja se posicionar em ações com alto potencial de ganho, mas com grande risco de uma desvalorização mais profunda. 

O contraponto é que, em algumas situações, pagar para ter o capital totalmente protegido pode não ser a opção com melhor custo-benefício para o investidor. Para explicar o motivo, vamos voltar à nossa comparação com o mercado de seguros: quando você sofre um acidente de carro, as chances de acontecer uma desvalorização total do seu bem — o automóvel — são altas. 

No mercado financeiro, no entanto, as chances de desvalorização total de uma ação são muito mais baixas. Mesmo que o papel se desvalorize, ele muito provavelmente irá reter algum valor de mercado. Por isso, a depender do contexto, as fences podem fazer mais sentido.

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