MB Sócios
02/10/2020 • 2 mins de leitura
O que pode acontecer com o mercado caso o teto de gastos seja desrespeitado?
Resumo do artigo No início do mês repercutiu em toda…
Resumo do artigo
Por Rebeca Nevares, Sócia da Monte Bravo.
Nas últimas semanas, alguns economistas passaram a alertar o mercado sobre o risco de estagflação. Este é um fenômeno já vivido no Brasil anteriormente. Mas para quem desconhece, se trata de uma ameaça ao desenvolvimento econômico. E claro, como a bolsa de valores reflete o lucro das empresas, existem riscos para os investidores.
Em primeiro lugar, vale uma breve explicação sobre o que é a estagflação. Este movimento ocorre quando um país entra em período de recessão. Mas, ao mesmo tempo, sofre com a escalada de preços para a sociedade de uma forma geral.
Neste cenário, produtos costumam ficar cada vez mais caros, enquanto indústrias e empresas reduzem a produção e cortam vagas de trabalho. Ou seja, a renda média da população cai, enquanto os preços sobem.
Isto, de forma geral, é resultado de políticas econômicas e monetárias equivocadas que podem trazer sérios prejuízos para um país.
Diante do cenário de inflação, desemprego e crise econômica, alguns agentes de mercado começam a chamar a atenção para este risco por aqui.
Ao menos por ora, o nosso país tem apresentado dados de crescimento e contratações mais positivos. O grande ponto é se esta recuperação econômica de fato permanecerá por mais tempo, ingrediente necessário para que a estagflação não alcance o bolso dos brasileiros.
Tendo isso em vista, a continuação da agenda de reformas é muito importante, a fim de melhorar o ambiente de negócios em conjunto com controle fiscal adequado. A melhora na relação entre os três poderes também é benéfica para o país. Na medida em que passa confiança e estabilidade para que o setor privado possa seguir com os investimentos em expansão.
No caso da bolsa de valores, é importante destacar que ela é formada por nada menos do que empresas. Quando há uma perspectiva de estagflação, a tendência é um crédito mais caro, menos contratações e produção estabilizada ou até menor. E isto significa lucros menores.
Desta forma, quando a perspectiva é de piora nos resultados, automaticamente as ações dessas companhias passam a valer menos.
Se a Ibovespa, em um cenário hipotético, tinha potencial para chegar até 150 mil pontos, ela passa a ser reduzido caso a estagflação ocorra. E aí, você já sabe, é bolsa para baixo, investidor(a)!
Por fim, como forma de proteção diante deste cenário, o investidor pode buscar a diversificação por meio de ativos internacionais e títulos atrelados ao IPCA, como eu citei no artigo anterior.
Se você ainda tem dúvidas sobre qual caminho seguir e como, exatamente, diversificar, não deixe de buscar a ajuda de um profissional. Quando se trata da formação de patrimônio, é preciso ter segurança daquilo que é feito. Pois é o seu futuro que está em jogo. Bons negócios!